4 de maio de 2010

Walkin' and Singin' in the Rain!

Eu já devia ter me acostumado a idéia de que devo andar constantemente um guarda-chuva nessa cidade onde temos duas magníficas estações do ano: Sol-chuva e Muito sol- Muita chuva.
Mas sou eu afinal de contas, isso quer dizer que sempre esqueço coisas como: chaves, celulares, estojos e guarda-chuvas [só uma básica lista das coisas que esqueci hoje, metade das quais voltei para buscar]. É...essa sou eu, sou sim.
Anyway, como sempre, eu não levei o guarda-chuva, e estava tudo bem até meio segundo antes de sair da sala de aula, mas no exato momento em que pisei para fora.... CABUM... um trovão explodiu em algum lugar e incontáveis gotas de chuva se desprendiam do céu [filosófico não? é, matemática me inspira (?)].
Acontece que esperei 3, 5, 10 minutos e nada da chuva passar, então decici que seria melhor ir tendo em vista que, por mais míseras que sejam as duas quadras que moro do colégio, não é exatamente seguro andar sozinha a estas horas. Fui. E para minha surpresa [ou nem tanta assim], a chuva aumentou! Continuei andando!
Sinto um estranho bem-estar em caminhar na chuva, sabem?! Sei lá, é tão bom sentir os pingos gelados d'água fresca caírem sobre os braços e o rosto. É refrescante e prazeroso. E seria bem melhor se minha blusa não fosse branca e ficasse transparente em seguida [não, não entendo por que morando aqui alguém ainda tem a insana idéia de compor uniformes brancos...]. E eu juro que pode mesmo ouvir aquele "tssssssssssssssssssh", aquele barulinho de água evaporando quando entra em contato com objetos aquecidos, toda vez que caía água na minha testa...devia ser a alta agitação dos meus neurônios fritando dentro da cabeça depois DAQUELA aula explosiva de matemática .
De qualquer modo, eu não aumentei a velocidade, estava bem, bem confortável! Ouvir o "doce" som daquelas buzinas de carro ao meu lado em um engarrafamento gigantesco numa das principais avenidas da cidade... hmmm... quase uma composição de Mozart.
Tá vai, o motivo de não ter andado mais rápido, é que minha argola caiu da minha orelha enquanto eu tive, em um lapso de empolgação, a brilhante idéia de cantarolar uma mistura de Singin' in the rain e New York, me sentindo mesmo naqueles musicais antigos em preto e branco, pulando por cima das poças d'água e muitas vezes, quando o salto não era suficiente, dentro das poças d'água, não ligando muito para os meus tênis novos e já encharcados. Enfim, sei lá que movimento baseado no ballet do Shrek fui fazer que acabei por bater com força na minha orelha e a argola foi longe... ai ai, eu consigo. Parei por alguns segundos até achá-la.
A boa notícia é que achei a minha argola laranja que gosto tanto [ e vejam que nem uso brinco frenquentemente, déétalhe], a má notícia é que assim que tinha achado, São Pedro resolveu ficar revoltadi-di-dinho e mais um trovão explodiu no céu, seguido do que pareceu mesmo o dilúvio de Noé parte II.
GEN-TE, eu fiquei simplesmente encharcada...tudo molhou, TU-DO! Corri, não por querer é claro, mas tive que correr se quisesse manter a salvo meus cadernos e o resto do conteúdo da minha mochila, meu tesouro pessoal. E quando cheguei na Droga do sinal, estava para fechar...era questão de vida ou morte, ou melhor, morte ou morte. Opção A) ficava e tudo iria literalmente por água abaixo. Opção B) corria e corria o risco de ter minha perna arrancada pelos carros loucos que estavam a ponto de cantar pneus!
Corri! Quando cheguei no meio da rua, o sinal deu verde...e outra chuva começou, aquela de buzinas enfurecidas e xingamentos energéticos para minha pessoa! Simplesmente não liguei! E enfim cheguei com vida em casa! Ah, e tive que subir pelo elevador de serviço, é claro. Sim, parecia que tinha atravessado do México para os EUA a nado!
Mas agora está tudo bem e devidamente seco [ou secando], e vamos combinar, Two and a Half Man deixa tudo tão divertido quanto andar e caminhar na chuva.
Beijos molhados, Grafin.
p.s.: isso soou quase pornô, mas enfim... não foi!
p.s.2.: Muitos, muitos comentários daquela galera que citei, aquela que disse que éramos um bando de inúteis fazendo aquelas fotos. Mas em contrapartida, o triplo de comentários achando o máximo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Escrevo em linhas tudo aquilo que, nas entrelinhas, a alma quer dizer; tudo aquilo pelo qual palpita o coração"
Ajuda-me? É sempre gratificante saber sobre o que pensam outras mentes!