20 de abril de 2011

Who you think you are?


Não, eu não posso e não quero dar mais nenhum passo em tua direção. Não mais andarei rumo ao que me trará sofrimento e dor.
Eu não sou mais o teu fantasma, e tal qual tua sombra, não mais seguirei tua estrada sempre rente ao chão.
Eu me ergui e corri com as minhas próprias pernas para o outro lado, afinal, eu aprendi a viver metade vida, com o resquício de existência que tu não sugaste de mim, então não me peça para errar outra vez.
Pare de perguntar se eu quero ser encontrada, pois no fim das contas eu demorei tempo demais para perceber que estava perdida e precisava achar a mim mesma. Porém eu cresci, e criei raízes fortes e galhos resistentes que me impedirão de fraquejar diante do sopro gélido de egoísmo que vem de ti. Então apenas pare... Pare de chamar por meu nome, porque seria incapaz de ouvir mesmo que gritasses.
Tudo que eu queria era me atrasar por mais cinco segundos e não ter conhecido os infames presságios do destino que me acorrentaram por incontáveis eras. Eu perdi tempo demais até me sentir viva outra vez, até reascender a luz que, um dia, tu apagaste de meus olhos com todas as tuas promessas quebradas. Eu corri para o mais longe e me escondi ao mais fundo, e agora tu voltaste, mas não te enganes... Não me levarás de volta, porque o que um dia tu conheces foste por ti próprio assassinado.
Tu não podes mais andar por aí coletando corações quebrados e enfiando-os como troféus no fundo do baú de teu cinismo, tu não podes mais colecionar falácias. Tu não podes mais me tatuar, me marcar a ferro e fogo, com as cicatrizes que deixaste para traz e que por muito foram feridas abertas. Tu não podes mais me fazer adoecer da tua doença, tu não podes mais congelar meus ossos com o gelo de tua alma.
Então não volte nunca. Não volte por mim, pois eu jamais voltaria para ti. Quem tu pensas que és? O que tu és?...


(Inspirado em “Jar of Hearts - Christina Perri")

9 de abril de 2011

Segure minha mão e eu prometo


Não importa o quanto tentes, nada dura para sempre.
Não importa o quanto temas, a noite cai cada vez mais escura e traz consigo a brisa gelada e aterradora.
Estamos todos cansados, cansados de caminhar sozinhos em meio ao frio e não encontrar em dimensão alguma o acalanto de nosso destino. E quando tudo fica escuro outra vez, nos acovardamos e retornamos às sombras de nosso passado.
Estamos fadigados de olhar para todos os lados e enxergar dor e fúria aonde outrora existia paz. E sei que estás farto de tantas decepções, e sei que pensas em desistir, e sei que não nos é mostrado mais motivos para continuar...
Mas... olhe para mim, olhe para mim mais uma vez e eu te perguntarei o que estamos esperando para tornarmos a tentar. Já estivemos lá antes, perdidos em algum lugar terrível no tempo, mas juntos ficaremos bem se enlaçarmo-nos um ao outro e aguardarmos pela luz do sol que anuncia o amanhã.
Sei que está cada vez mais frio e mais difícil de suportar, sei que temos medos e continuaremos a tê-los, porém ergas a cabeça e olhes adiante, ali em frente passaremos a enxergar a luz que nos recolocará no caminho, basta que segures minha mão e nada ficará entre nós, eu prometo que farei tudo que puder para continuar.
Veja nas nossas esperanças o teu motivo para dar um paço em frente, arranques de nossos sonhos a inspiração para avançar, sorva de nossa fé os nutrientes de vida que te falta e siga em frente.
Abrace-me de novo quando eu fraquejar e chorar e tudo ficará bem. Dê-me a mão e não me deixes ir, dê-me a mão e peças que continuemos... Segure minha mão e enfim poderemos seguir para a luz do sol.

Segure minha mão e prometo que farei tudo o que puder...

(Inspirado em “Hold my Hand” – Michael Jackson and Akon)