23 de agosto de 2011

Tu te lembras?



Tu te lembras?
Uma vez tu me disseste que as estrelas foram feitas para contar histórias pelas eras– as nossas histórias, que seriam testemunhas das tantas juras que fizeram, que fizemos, que se misturaram e entranharam; me disseste que as estrelas não eram meramente guia aos navegantes.
Uma vez comentaste que meus cabelos foram feitos para bailar ao vento, para acompanhar-me os passos que os pés davam ritmados juntos aos teus, para girar ao embalo do saiote do vestido; e não para me vedar a visão quando em minha frente crescia o que não queria ver.
Uma vez discorreste que nem o inverno mais rigoroso seria capaz de abrandar os botões de flores nascentes em nossa primavera, nem o frio mais intenso faria congelarem-se as pétalas e folhas, nem a brisa mais gélida levaria de nós o aroma; pois neve alguma sobrepujaria nosso jardim.
Uma vez falaste que as palavras mais doces eram feitas para falar apenas ao silêncio, pois assim resguardadas não precisavam ser ditas. Que não necessitávamos palavras quando tínhamos olhos que liam até a alma.
Uma vez ponderaste que um coração jovem é feito ao amor, e não às mágoas. Que um coração firme tudo supera, que um coração robusto bate forte e não deixa ecoar os sons aterrorizantes que não se quer ouvir. Um coração jovem se entrega, deleita, suspira; e não se martiriza.
Tu te lembras?
Não... Não mais te lembras. Pois uma vez, a carruagem d’aurora chegou, e quando se foi, foste com ela. Levaram-te de mim. Lavaram-me de ti, sem deixar nenhuma marca, sem que restasse algo sequer, resquício algum.
Levaram a ti e deixaram a mim. E deixaram as estrelas que já não podiam confidenciar, e foscas, eram apenas mapa aos navios. E deixaram um par de pés sem outro com o qual bailar, e os cabelos agora se resumiam a vedar o que nada mais havia para ver. E deixaram os botões de flores que, de frio, murcharam tristes. E deixaram as palavras que, sem o silêncio cálido, me gritavam aos ouvidos. E enfim deixaram um coração que, sem amor, tornou-se velho e, não jovem, consumou-se às mágoas.
Eu sei... Eu sei que o primeiro dia de amor nunca retorna; que o tempo não se dobra mesmo que nos curvemos a ele. Entretanto, ainda podemos dobrar o tempo, ainda podemos retorna ao passado da aurora e deitar na relva sob as estrelas. Podemos dançar e colher as flores. Podemos dizer mil coisas sem nada falar. Podemos lembrar.
Tu ainda te lembras?
Então venha querido. Venha porque o inverno chegou rigoroso dessa vez. Venha porque as flores congelaram como meu coração envelhecido. Venha, pois estou soterrada de neve e nem o fogo brando agora me aquece tal qual teus abraços.
Por favor, te recordes e venha.
Chegue de noite, antes da aurora e não seja escuridão. Mergulhe teus olhos nos meus já cegos, e segure minha mão que por tanto esperou a tua. Tire-me, desenterre-me do manto branco e me carregue nos braços. Deixe-me descansar em teu ombro e fiquemos em silêncio mais uma vez. E deixemos que o som dos violinos dos poetas descongele e rejuvenesça-nos os corações. Então por fim me beije. Beije-me enquanto houver tempo, enquanto meus lábios ainda estiverem vermelhos.
... Tu te lembras?

(Inspirado em " While your lips are still red" - Nightwish )

#NOTA: Mais uma vez, me perdoem todos vocês. Ando MESMO com problemas quanto ao blogger     ._.

17 de agosto de 2011

Selo!




Hey! Vejam só how wonderful! Recebi este selo da Débora Costa, autora do blog http://www.rienpersonnel.com/.  Agradeço a ti por este presente, guria! Fiquei verdadeiramente feliz em recebê-lo.
By the way, recomendo a todos que leiam o Blog da Débora! As coisas lá escritas são fantásticas!

Então, para passar a frente, aí vai:

                1°. Indicações 10 blogs que eu admiro muito e que não irão se arrepender em conferir!
  1.  Biacentrismo; Maria Beatriz
  2. Just Dreams; Just Dreams
  3. O mundo sob o meu olhar; Marcos de Sousa
  4. Changes; K. Samantha
  5. Nova Perspectiva; Gabriela Freitas
  6.Pensamentos traduzidos em palavras; Nathália Meireles
  7. Lady Utopia; Kelly
  8. Ouí; Bruna
  9.Sem Intenções; Alana Araújo
10. A corujinha; Anaxágoras



                2°. Sobre mim: Não se assustem, sou um saco e possívelmente odiável! Sou humana, é essa a verdade!
  Nome: Taís Stein  / 10 coisas sobre mim:
1. Amo escrever; mas ler também é minha grande paixão, por isso me importo tanto em ler o que as pessoas escrevem por aí!
2. Estou no segundo semestre do curso de Design depois de um senhor esforço para estar lá! E querem saber?! Amo de paixão o que eu faço!
3. Amigos? Bom, não sou mesmo do tipo popular, portanto não os tenho aos lotes! Mas os que tenho são inimaginavelmente importantes.
4. Posso ser bem anti-social as vezes. Ahn... só não gosto de sair demais. Curto a noite em casa, vendo um bom filme. Ah é! Adoro filmes, e desenhos, e RPG. E jogos de tabuleiro, e cartas e etc!
5. Amor? Já me decepcionei algumas vezes, e as vezes acho que não fui exatamente feita para isso. Mas eu amo, e quando amo o faço com toda minha essência. Acredito que os amores que ainda não vieram, chegarão. Um dia. É, apesar de tudo, eu acredito no amor.
6. Gosto de observar as pessoas. Geralmente elas dizem muito mais com atos do que com palavras. E geralmente, com atos, elas dizem a verdade.
7. Posso ser bem nojenta, antipática, chata, extremista e etc, etc, etc. Outros mil elogios que dizem por aí. E é, todos podem ser verdade. Mas só dependem da situação e das pessoas que causam a situação.
8. Dizem por aí que sou fria, que meu coração é uma pedra de gelo (?). Mas nunca pararam pra pensar que isso pode ser só por proteção, só porque não aguentaria de outra maneira. Porém, no fundo ( e nem tão fundo assim), eu tenho mesmo um coração, e ele bate, e sofre, e sente. E esquecem disso as vezes.
9. Já sofri pra caramba! E já fiz sofrer em dobro... Já me machuquei e já machuquei outros. Já sorri e causei sorrisos. E a maioria das coisas que a mim causaram, eu já causei um dia. E sabem? Não me arrependo de nada. Acredito que arrependimento é uma desculpa fajuta. E o que fiz de errado? Bom, todos erram e devem disso tirar uma lição.
10. Sou orgulhosa, e isso me atrapalha as vezes! Quando sei que estou certa, defendo minha razão até o fim, e isso machuca as vezes. Quando percebo que estou errada, sei pedir desculpas. E ainda... quando vejo que os outros erram e não vem a mim dizer, prefiro mil vezes pisar em cima do meu orgulho e tentar resolver de outro modo. Dou uma chance. Não aproveitou? Faço o que deve ser feito!



Então, gente! Espero que passem o selo a frente, acho interessante isso de interagirmos uns com os outros!

Beijos, G.








8 de agosto de 2011

Acorda!


Levanta! Sai já desse emaranhado de lençóis inglórios. Vai até o banheiro e lave os resquícios de insensatez. Pinta-te de glória, maquia-te de orgulho e coloque um pouco de honra nesses olhos caídos. Vamos, vamos. Agora, que tu te vires para mascarar e esconder os traçados a fogo de espanto e decepção. Eles não vão querer ver, ou importar-se em saber. Não é da conta de ninguém.
Quem mandou... Quem mandou deixares as chaves sobre a mesa e te mostrares tão disposta a te tornares ‘mais um conto’ no complexo de já tantas fábulas? Quem mandou... Quem mandou deixar-te tão propícia a embarcar e escrever, sem perceber, a história? Tu quiseste, e não me venha dizer que não.
Mas te levantas agora mesmo e limpa essa lágrima fútil que te escorre pelo rosto. Não me venha dizer que estás triste porque não temos mais tempo pra isso. Vai-te logo e abres as janelas. E pare de te prender tanto, de prendê-lo tanto. Deixe-o sair, ou melhor, jogue-o, empurre-o, expulse-o já da tua vida. Faça isso, sem esperar. E não seja tão idiota - ops “ingênua” - , ele não vai voltar, não te iludas. E tu... hahá, tu bem viste o que te aconteceu quando tentaste a ser A ingênua. A quem queríamos enganar, certo?!
Sei, eu bem sei que tu vais voltar a chorar quando não tiver ninguém olhando. Que tu vais sofrer quando estiver escuro, e que tu vais ter vontade de gritar, bramir, explodir e entender os motivos. Mas reflita: há coisas que não se fazem entender, e dane-se o quanto batamos cabeça ou quebremos nossas próprias leis para tentar. Não vai adiantar, simplesmente não vai!
Eu sei o quanto tu vais demorar a tornar a confiar – se acontecer. Eu vejo que as muralhas aparentemente fortes estão agora em destroços e espalham pedras por todo lugar. É, eu entendo que estás machucada e que estás sangrando. E que não vai sarar assim tão rápido. E que vais ferir mesmo sem querer, e só porque tu foste ferida. Eu sei.
Mas quer saber? Ergue esses teus joelhos e vai em frente. Recolhe as pedras do chão e, mesmo que pese, leve-as para um lugar seguro, distante. E ali recomece a construir teu novo castelo: mais forte, mais robusto, mais experiente. Não importa o quanto machuques as mãos ou as costas te doam, vai agora e te reconstrói, vai e sede a tua própria fortaleza, porque provaram com todos os atos e palavras que não o serão por ti.
Aprendas com o que passou, e vede nos olhos de outrem o que não fazer. Chora quando tiver que chorar, mas chora sem ser tão idiota. Ri quando tiver que rir, mas o faça com cautela. Não esqueças as chaves sobre a mesa outra vez, e não te tornes mais uma historinha do passado.
Então levanta! Levanta agora. Pega a maquiagem e te transfigura o rosto, te mostras forte para o mundo e não suscetível a ser derrubada pelo mais fraco dos ventos. E pare de te perguntar o porquê de tudo. Aconteceu porque tinha de acontecer. Não te sintas tão abandonada, ou ao menos não te abandones, pois disso já bastam os outros!
Acorda! Lava o rosto e coloca a tua maquiagem. E não chore. Não chore em frente ao espelho. Não ouse chorar, não na minha frente.

(Inspirado em “Chop Suey – SOAD” )

#NOTA: Sinto muitíssimo pela ausência. Sobretudo quanto ao meus comentários nos blogs de vocês. Tive/estou tendo sérios problemas com o blogger. '-'