18 de janeiro de 2011

E quando...?


E quando o amor que sentimos, mesmo que seja o maior que já nutrimos por alguém, não é capaz de suprir as necessidades simplesmente por ser tão profundo e intenso a ponto de ser elevado e diferente? Daí devemos lembrar que um amor não pode escravizar outro amor, e que vai doer - vai doer muito; mas se amamos o tanto quanto dizemos e sabemos que amamos, devemos deixar ir, pois é infinitamente menos pior nos machucarmos do que vermos o outro machucar-se por nós.

Sentiremo-nos horríveis por não termos a capacidade de ser amor como o outro amor merece e como sabemos que se o fôssemos, não haveria dor e arrependimento. Choraremos, sangraremos e aos poucos morreremos, mas lembraremos que aquilo foi nada menos que uma prova para o outro amor de o quanto foi e é amado; e até aonde iríamos movidos pela destreza de fazer o que é certo, mesmo que isso nos mate.

Só nos basta ser capazes de enxergar através das lágrimas, respirar fundo e enfim poder dizer “pode ir, eu ficarei bem.” Pode demorar um dia, um mês, um ano ou muito mais; no entanto uma hora ficaremos bem, e teremos a lembrança e honra de saber que um dia amamos, mas também fomos amados.

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"Escrevo em linhas tudo aquilo que, nas entrelinhas, a alma quer dizer; tudo aquilo pelo qual palpita o coração"
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